LOA são os espíritos de Vodou haitiano e Louisiana Voodoo. Eles também são referidos como “mystères” e “os invisíveis” e são intermediários entre Bondye – o Criador Supremo, que está distante do mundo – e a humanidade. Ao contrário de santos ou anjos, no entanto, eles não são simplesmente rezados, eles são servidos. São seres distintos com seus próprios gostos e desgostos pessoais, ritmos sagrados distintos, canções, danças, símbolos rituais e modos especiais de serviço.
Lucifer’s Ensemble estreou o concerto performático The Wishfull Fall na ultima edição dos Jardins Efémeros, entrou em digressão e recentemente lançou, Alpha, a sua primeira edição em cassete. O colectivo aprofunda agora o estudo sobre o transe, os rituais ligados à música negra e às culturas de descendentes de escravos africanos.
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Um triângulo invertido constituído por dois performers do colectivo DEMO e um compositor da Sonoscopia e da Digitópia – Casa da Música. Nos seus concertos performáticos gravitam músicos convidados para fechar o círculo das suas peças conceptuais dedicadas ao oculto. Essas peças evoluem principalmente em torno dos temas: O Ritual, Trance e Transcendência; A Noite, a Estrela da Manhã e o Anjo da Luz; a Viagem do Louco e a Vontade da Queda.
O processo criativo de Lucifer’s Ensemble foi desde o início desenvolvido num formato de residência artística (ex: Sonoscopia – Porto, Zaratan – Lisboa, Oficinas do convento – Montemor o Novo, Salão Brazil – Coimbra, entre outros) aproveitando ao máximo os espaços de apresentação, explorando as suas propriedades acústicas e adaptando a performance sempre numa lógica de site specific/site adapted.