Horário
7 de Julho às 14h30 > 23h30
8 de Julho às 11h00 > 23h30
9, 14, 15 e 16 de Julho (a definir)
Em 2015 assinalavam-se 15 anos desde que a violência doméstica passara a ser crime público. Foi o mote para a revista Visão arrancar com este grande projecto — fotografar locais dos crimes e contar as histórias das mulheres que viram as vidas ceifadas em contexto de violência doméstica.
Durante todo o ano de 2015, Teresa Campos e José Carlos Carvalho percorreram o país e ouviram histórias de mulheres, novas e idosas. A vítima mais velha tinha 84 anos, a mais nova apenas 23. Estiveram em pequenas aldeias e em grandes cidades, em zonas pobres e bairros privilegiados. É o retrato de 28 histórias de mulheres que morreram às mãos de maridos e companheiros.
A exposição que está a percorrer o país é uma iniciativa conjunta da Visão, do Gabinete do Ministro Adjunto e da Câmara Municipal de Lisboa. A iniciativa Roteiro Cidadania em Portugal, promovida pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR), em parceria com a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, reproduziu agora esta exposição por forma a desafiar as comunidades locais em todo o país a conhecerem esta realidade que é urgente mudar.
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Teresa Campos, 46 anos, jornalista desde 1994, faz parte da redacção da revista Visão desde 2001, primeiro na equipa fundadora do site, depois a coordenar o online da Visão Júnior e, a seguir, um canal sobre Envelhecimento Activo e outro sobre Cidadania. A partir de 2007 passou a acompanhar a pasta da Educação, sempre espreitando outros temas da área social. Em reportagem, esteve nas Selvagens e na Lapónia, no Canadá e na Índia. Andou embarcada várias vezes, fosse num navio da Marinha, a acompanhar resgates de migrantes ao largo da Líbia, ou numa traineira que pretendia furar o bloqueio na Palestina.
Entretanto, escreveu um livro (Vencer nos Exames, 2008, em co-autoria com Clara Soares), ganhou um prémio (Viver e Morrer na Estrada Nacional 125, 2011) e um par de menções honrosas, além de ter feito uma reportagem para a TV: Não acabei a Escola, SIC (2012). Em 2015 propôs à direcção da Visão retratar os casos de morte por violência doméstica no país durante aquele ano. A reportagem culminou na exposição Aqui Morreu Uma Mulher, inaugurada no Dia Internacional da Mulher, em 2016, no Largo do Carmo.
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José Carlos Carvalho nasceu em Luanda, em 1970. Com o curso de fotografia da Ar.Co, em 1991 iniciou a sua carreira na imprensa regional, tendo sido convidado em 1993 a ingressar no Correio da Manhã. Em 1998 tornou-se repórter fotográfico do Diário de Notícias, onde foi editor de fotografia em 2005/2006. Em 2007 ingressou na revista Visão, onde trabalhou em exclusividade até Abril de 2014. Actualmente faz parte do Núcleo de Fotografia da Impresa e trabalha para o Expresso regularmente. Lecciona no Instituto Português de Fotografia e no Instituto Politécnico de Tomar.
Vencedor de vários prémios de fotografia, dos quais se destacam o 2.º Lugar Categoria Reportagem FujiFilm Fotografia de Imprensa 1998, Visão Fotojornalismo 2005 na categoria Vida Quotidiana, Estação Imagem 2011 na categoria de Vida Quotidiana. Em 2013 ganhou o 2.º e 3.º lugares no prémio REFLEX-CAIS-BES e o Gazeta Fotografia 2013, em 2011 e 2014 ganhou o Prémio de Jornalismo Direitos Humanos & Integração na categoria de Imprensa, shortlisted dos 10 finalistas no Prémio Gabriel García Márquez de Jornalismo na categoria Imagem em 2015, Estação Imagem na categoria Notícias e menção honrosa na categoria Assuntos Contemporâneos 2016; 1.º lugar Olhares de Misericórdia da SCML 2016.
Realizou várias exposições individuais e colectivas, das quais se destacam Visão-BES Fotojornalismo no CCB em 2006, Visão Fotojornalismo 2007 na Fundação EDP 2007, Estação Imagem em 2011, Galeria do Casino do Estoril, Mare Nostrum 2014, Clube de Jornalistas 2014, Eu sou Príncipe em 2016.
É autor do projecto fotográfico 12.12.12 que resultou num livro e exposição itinerante durante 2013. Fez parte do grupo de fotógrafos do ProjectoTroika, que resultou num livro editado em Dezembro de 2014 e, mais recentemente, o livro Por mais escura que seja a noite… Amanhã é Outro Dia da Fundação Calouste Gulbenkian 2017.