Conversa e audição colectiva do resultado das residências que foram desenvolvidas nos Jardins Efémeros em 2018 e 2021 com André Gonçalves, Suso Saiz e Casper Clausen.
Suso Saiz & André Gonçalves, Residência nos JE2021
Apresentação do resultado da residência dos Jardins Efémeros de 2021: «Música para caminhos que começam». Os dois artistas responderam ao convite de se unirem durante uma semana com o intuito de criarem um conjunto de temas para o concerto dos JE2021. Dois músicos de gerações diferentes, com predileções e estéticas musicais partilhadas, poderam imiscuir-se durante este periodo e encontrar um caminho comum. As múltiplas gravações feitas durante o periodo da residencia serviram de base de trabalho para um processo de edição e mistura que se prolongou durante este ultimo ano. Mantendo sempre um contacto regular e à distância (Madrid – Lisboa) chegam agora a um objecto sonoro que será editado em breve e que será aqui apresentado em antecipação.
André Gonçalves & Casper Clausen, Residência nos JE2018
Em 2018, André Gonçalves e Casper Clausen propuseram aos Jardins Efémeros uma residência onde gravaram novas músicas no centro da cidade num antigo café abandonado com as portas sempre abertas, onde as pessoas puderam vê-los trabalhar para a apresentação final no festival.
O ponto de partida em 2018: Na edição deste ano dos Jardins Efémeros, André e Casper propõem desenvolver e apresentar uma nova colaboração durante a residência artística. A ideia de André e Casper comporem juntos pode não ser óbvia, tendo em conta os seus percursos enquanto músicos, mas as colaborações que fizeram anteriormente foram tão surpreendentes que despertaram a curiosidade para o que poderia vir a acontecer se ambos dedicassem tempo à criação de um corpo de trabalho conjunto. A residência nos Jardins Efémeros é uma oportunidade para trabalharem em ambiente multispeaker, criando uma instalação sonora durante os dias do festival. Onde os visitantes são convidados a vivenciar o processo criativo enquanto ele acontece.
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André Gonçalves opera em diversas áreas artísticas, nomeadamente nas artes plásticas, música, instalação e performance, sendo reconhecido pelo seu trabalho enquanto criador da marca de sintetizadores modulares ADDAC System. André Gonçalves conta com inúmeras exposições e festivais em mais de 20 países, um pouco por todo o mundo. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em 2005 e 2009, distinguido com uma Menção Honrosa no FILE Prix Lux 2010, São Paulo, e finalista do Celeste Prize 2010, Nova Iorque, o seu trabalho musical, a solo ou em colectivos, está documentado em mais de 15 edições em diversas editoras nacionais e internacionais.
Suso Saiz é um guitarrista imaginativo e subtil, um criador de inconfundíveis “hipnóticos”. O artista vai muito mais além da música e do som, expandindo-se até ao teatro, artes plásticas, poesia, instalações em colaborações com museus, chefes de cozinha, chefes de museus, estúdios de arquitetura, entre outros. Suso vai desde a música, televisão, até aos filmes, o que lhe permite ter um vasto espectro de valências. Publicou mais de 20 discos: os mais recentes são Odisea (2016), Rainworks (2017), Nothing Is Objective (2019), Between No Things (2020) com Suzanne Kraf, e Resonant Bodies (2022), tendo todos estes discos selo holandês Music From Memory. Suso Saiz foi, ainda, membro fundador da Orquestra de las Nubes, Suspended Memories e Trash of Dreams. O músico produziu mais de 100 discos e recebeu prémios tanto nacionais como internacionais. Tem colaborações com artistas como Jorge Reyes, Carles Santos, Steve Roach, Michael Brook, Diego Vasallo, Glen Velez, Stephan Micus, Jan Bang, Arve Henriksen, Guo Yue, Robert Rich, Hans-Joachim Roedelius, Wagner Tiso, Salif Keita, Roger Wolfe, Gigi Masin, Suzanne Kraft, Christian Fennesz, Francisco López, entre outros.
Casper Clausen, aka Captain Casablanca, é o vocalista e fundador dos Efterklang e dos Liima. É também membro fundador do colectivo de radio art The Lake Radio. Os Liima estiveram em residência artística em Viseu, nos Jardins Efémeros, em 2016. Parte do material que escreveram durante a estadia foi lançado recentemente com o segundo álbum, 1982. Recentemente lançou o seu primeiro disco a solo “Better Way” com produção de Peter Kember aka Sonic Boom.
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