Hatis Noit por Özge Cöne
Vinda da distante cidade de Shiretoko, na ilha de Hokkaido, Hatis Noit reside agora em Londres. O alcance da artista vocal japonesa é surpreendentemente autodidacta, inspirado pelo Gagaku e estilos operísticos, cânticos búlgaros e gregorianos, de vanguarda e pop. Desde cedo ela está ciente do poder visceral da voz humana; um instrumento primordial e instintivo que nos conecta à essência da humanidade, da natureza e do universo.
O próprio nome Hatis Noit é retirado do folclore japonês, significando o caule da flor de lótus. O lótus representa o mundo vivo, enquanto a sua raiz representa o mundo espiritual, portanto Hatis Noit é a que conecta os dois. Para Hatis Noit, a música representa o submundo com a sua capacidade de nos mover e de nos transportar para o outro lado; o passado, uma memória, o nosso subconsciente.
O seu primeiro EP, Illogical Dance, foi lançado pela Erased Tapes, criando mundos musicais únicos com interpretações vocais transcendentes que, ao mesmo tempo, desconstroem e recombinam o clássico ocidental, o folclore japonês e o próprio ambiente da natureza.
Indicada pelo The Guardian como «One To Watch», Hatis Noit apareceu nas noites da Erased Tapes 2020, em Hamburgo, Paris, Nantes e Londres, seguindo-se uma colaboração com o director de fotografia Vincent Moon para Elevate, em Graz, na Áustria.
«Hatis Noit – com seu cruzamento etéreo de místico e moderno, esta artista japonesa tem levado o público às lágrimas.»