Luís Antero
«Comprida e Torta/Muita e muita Porta/Travessa e Ruelas/Quelhas, casas novas, casas velhas […]», assim começa o poema que Ricardo Sandro escreveu em 1973 sobre a Rua Direita, na cidade de Viseu. Partindo deste poema, propõe-se uma viagem sonora pela Rua Direita, indo ao encontro das palavras do poema no espelho da rua actual. Um exercício acústico em torno da memória e do presente da Rua Direita. O que foi e o que é o comércio tradicional? Uma instalação sonora ambulante, parando aqui e ali, comprando palavras, resgatando memórias, procurando (ainda) os agentes que fizeram da Rua Direita a Rua Direita, dando-lhes voz, dando-lhes a certeza da palavra.
BIO | Paisagista sonoro. Desenvolve desde 2008 um trabalho de recolha e documentação do património acústico de várias zonas do território nacional, com base em gravações sonoras de campo, que pode ser acompanhado através dos sites www.luisantero.yolasite.com e www.luisantero.bandcamp.com
É curador de uma editora online — Green Field Recordings —, e radialista.
Tem marcado presença activa em eventos sonoros como o Dar a Ouvir – Paisagens Sonoras da Cidade, em Coimbra; Jardins Efémeros, em Viseu, Festival Aural, em Águeda ou Lisboa Soa, assim como na produção de centenas de trabalhos sonoros.
É licenciado em Estudos Artísticos e pós-graduado em Património Cultural Tradicional e Popular Português.