O CORPO é o tema dos Jardins Efémeros deste ano. O corpo transporta-nos, permite-nos sentir o Mundo, a paisagem, o Outro. É o meio através do qual a vida acontece e se deixa interceptar. Como escreveu Merleau-Ponty (L’oeil et le esprit, 1960): «O meu corpo pertence ao número das coisas, está preso na textura do mundo, e a sua coesão é a de uma coisa.» Este programa transporta-nos por diversas acepções do corpo, desde o corpo que dança e que se movimenta, ao corpo que sente o vento na estrada, o corpo que ama e que se erotiza, ou ainda o corpo que é bizarro e até desfigurado. O corpo é a contingência da matéria, mas uma matéria que é ponto de partida para todas as possibilidades.
Isabel Nogueira
FILMES
7 Julho | Meshes of the afternoon, Maya Deren, 1943. 15’
The very eye of night, Maya Deren, 1958, 15’
8 Julho | Frankenstein, James Whale, 1931, 71’
9 Julho | My blueberry nights (O sabor do amor), Wong Kar-Wai, 2007, 95’
10 Julho | The Elephant Man (O Homem Elefante), David Lynch, 1980, 124’