A imposição vertical do espaço é consonante com o peso do tempo. O que é o corpo ausente? Um palco inabitado? Ou uma cadeira vazia? O corpo deixa-se descansar, imóvel, numa cadeira; quando sai, deixa nela a força presente da ausência, também ela corpo. Uma cadeira nunca está vazia em lugar algum. Aqui, suspende-se o tempo e retrata-se o vazio, corporizando-o.
Ama é uma palavra utilizada por Aristóteles, que em grego significa «conjuntamente», em conjunto, ao mesmo tempo. Expressa a cumplicidade, a origem comum do tempo e do espaço, o comparecer como condição de todo o aparecer do ser.
—
Diana Lucena
Diana Lucena vive no Porto e frequenta o curso de Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Tem vindo a desenvolver o seu trabalho a partir dos recantos das coisas que ao longe parecem pequenas, mas que de perto se tornam gigantes. A memória, o tempo, o onírico, são palavras que surgem ao longo do seu trabalho, percurso que tem vindo a fazer, explorando o mundo que a rodeia, mas voltada para o seu interior.
Francisco Oliveira
Trabalhando nos interstícios entre o Som, a Música e as Artes Plásticas, Francisco Oliveira tem desenvolvido a sua expressividade artística, interessando-se pelas noções expandidas de tempo, memória, documento e registo. Frequenta o curso de Artes Plásticas, ramo de Multimédia, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Margareth C. Lacerda
Curso de Artes Visuais na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis. Licenciada em Artes Plásticas – Pintura, pela FBAUP. Desde 1993 é professora de Artes Visuais. A partir de 1983 tem produzido e participado em oficinas, performances, instalações, exposições e conferências em colaboração com diversas entidades culturais sem fins lucrativos.