O Tempo é a temática geral dos Jardins Efémeros 2016. Neste sentido, concebeu-se uma programação de cinema centrada na ideia de Tempo, enquanto trama de espaço ocupado, vivido, ou simplesmente imaginado, fantasiado.
Na obra O Conceito de Tempo (conferência de 1924, publicada posteriormente), Martin Heidegger reporta-se à ideia de Tempo como “ser-aí” ou “ser-no-mundo”, isto é, “ser-uns-com-os-outros”, algo determinante de como “eu-sou”. Por outras palavras, a nossa atenção recai sobre a ideia de ser no mundo, sobre o modo como vivemos e nos relacionamos uns com os outros, com o tempo, a vida, a política, a história, as emoções, a imaginação, o espaço físico, mas também com a própria morte, a finitude. Até mesmo com a irreversibilidade do tempo. Que está sempre a passar; sempre a já ter sido. E, inversamente, sempre a poder ser, numa infinita, eventualmente desconcertante, cadência de possibilidades.
PROGRAMA FÍLMICO
Local | Praça. D. Duarte
3 Julho > 22h00 > SEMI-PANORAMIC SEA CONCERT, Ana Rito, 2010, 9’
> NATUREZA MORTA, Susana de Sousa Dias, 2005, versão de 70’
4 Julho > 22h00 > STRANGER THAN PARADISE, Jim Jarmusch, 1984, 89’
5 Julho > 22h00 > MAUVAIS SANG, Leos Carax, 1986, 116’
6 Julho > 22h00 > LA COMUNIDAD, Álex de la Iglesia, 2000, 107’
10 Julho > 22h00 > 20,000 DAYS ON EARTH, Ian Forsyth e Jane Pollard, 2014, 95’