Uma das maiores cantoras nascidas em Portugal, mas que cresceu no mundo, Lula Pena transformou-se numa espécie de mito. Foram contados todos os tipos de histórias sobre uma “diva reclusiva e relutante”, durante estes 12 anos em que esteve sem gravar. Troubadour, o seu segundo álbum, cruza géneros e sugere um fado exquis, uma espécie de palimpsesto que permite ao ouvinte descobrir toda a música. O novo disco Archivo Pittoresco, lançado internacionalmente pela editora belga Crammed Discs, seguiu-se a Troubadour (Mbari), de Junho de 2010, que por sua vez se tinha seguido ao debute Phados (Carbon 7), de 1998.
Site | http://www.lulapena.com
Youtube | https://www.youtube.com/watch?v=jeFALrlyDB0
Bandcamp | https://lulapena.bandcamp.com
Vimeo | https://vimeo.com/47413658
Bio
Lula Pena, (Lisboa, 1974) é uma cantora, guitarrista, compositora e intérprete portuguesa, que em Maio lançou o novo disco Archivo Pittoresco, com lançamento internacional pela editora belga Crammed Discs. Archivo Pittoresco seguiu-se a Troubadour (Mbari), de Junho de 2010, que por sua vez se tinha seguido ao debute Phados (Carbon 7), de 1998.
Nos doze anos entre o primeiro e segundo álbuns, a pergunta mais recorrente, quando se pensou — e inequivocamente tal foi o caso — em Lula Pena, foi por onde parava e porque é que nos víamos sucessivamente privados de ouvir novos documentos desta música, que parece maravilhar todos os que com ela contactam, independentemente da parte do mundo de onde vêm. As razões são tantas como as histórias e tão puras e honestas quanto a música. Com a edição de Troubadour, e os anos que se seguiram nesta década a transformá-lo ao vivo, dentro e fora de Portugal, tornou-se claro que Lula é cada vez mais um tesouro partilhado de todos os lusófonos de coração, fruto da sua fascinante abordagem à Canção popular global, radicada numa expressão artística singular, que entretece tantas tradições de música, som e poesia. Domina um estilo seu a tocar a guitarra, que nos concentra a atenção e um trovar/trocar de línguas latinas e dos seus perfumes, sotaques, inquietações e esperanças, que nos envolve, transporta, e nos devolve, fazendo justiça a uma vocação abençoada para escolher, compor e justapor repertório que aprimorou ao longo do tempo.
Nas suas palavras, diz que procura uma “tradição à escala universal. Em cada esquina está uma presença divina que nos permite chegar a essa escala”. “Se questiono o fado dessa maneira é para me sentir livre, [e para] comunicar essa liberdade.” “O artista é o que consegue expandir implodindo-se a si e ao mundo.” “Fazer com que a poesia seja a divisa deste mundo. Nada mais.” Independentemente da frase que lhe ouvimos, ou de onde lhe começamos a escutar o raciocínio, é esta a sua teia de coerência, espraiada por todas as frases, gestos e dias, que temos o privilégio de escutar, na sua inteireza na forma de música.