Os registos vídeo e sonoros — de um lugar e das sucessivas transformações para acomodar uma criação — são a matéria-prima de novas narrativas audiovisuais de um projecto artístico onde o documental se esbate com o ficcional, onde o real se mescla com o idealizado e em que os conceitos site e place se confundem. Do lugar, em si e com identidade, ao lugar e ao seu contexto mais vasto.
Nas suas intermitências, o testemunho na primeira pessoa levanta novas questões quanto à sua intencionalidade. Interrompe-se a narrativa de forma voluntária e consciente, com inserções derivadas de diferentes experiências, vividas e assimiladas, durante a prospecção, o projecto e a construção da obra.
Encapsulam-se, assim, possíveis não-ficções para memória futura de um tempo que já passou, no som e na visão de quem as presenciou.
Ano | 2016
Técnica | Instalação com vídeo PAL DV, 16:9, PB, som estéreo, loop,
TRT: 00:07:00:00
Dimensões: variáveis
Bio
José Crúzio, (n. 1975), reside em Viseu. Licenciou-se em Pintura, variante Artes Plásticas, e detém o ano curricular do mestrado em Criação Artística Contemporânea pela Universidade de Aveiro.
Trabalha como docente de artes visuais e como artista plástico. Desde 1998 tem frequentado diversos workshops de fotografia, vídeo e vídeo-arte. Trabalhou como fotógrafo de cena, em vários colectivos cénico-performativos, e como repórter fotográfico nos Jardins Efémeros de 2012, entre outros.
Participou, como artista plástico, nas Bienais Internacionais de Vila Nova de Cerveira, do Douro/Alijó e Porto Santo. Participou na Trienal Mundial de Chamaliéres (FR) e Miniprint de Cadaqués (ES).
Actualmente, trabalha em obras e equipas de características multidisciplinares —intermédia.
Marco Alexandre. Artista sonoro com raízes em Viseu. Licenciado em Artes Sonoras pela Universidade das Artes de Londres. Os seus projectos consistem em gravações paisagísticas, sequenciação e narrativas de som.