A partir do projeto Blind Images, que é a reflexão sobre a imagem e o seu excesso, o Tesserato, um poliedro na quarta dimensão, em que o plano da imagem (na sua ausência) e a linguagem, que provêm de um plano bidimensional, se transformam num objeto tridimensional.
Nesta nova fase das Blind Images, onde as legendas podem surgir em qualquer posição do Tesserato, o texto é um pretexto e a imagem é agora um objeto.
Bio |
João Louro nasceu em Lisboa, onde vive e trabalha. O artista estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura de Lisboa e Pintura na Escola ArCo. O seu trabalho engloba pintura, escultura, fotografia e vídeo.
Descendente da arte minimal e conceptual, tem uma atenção especial às vanguardas do início do século XX. O seu trabalho traça uma topografia do tempo, com referências pessoais, mas sobretudo, geracionais. Utiliza como fonte recorrente a linguagem, a palavra escrita, e procura fazer uma revisão da imagem na cultura contemporânea, a partir de um conjunto de representações e símbolos do universo visual coletivo. O minimalismo, o conceptualismo, a cultura pop, o estruturalismo e pós-estruturalismo, autores como Walter Benjamin, Guy Debord, Georges Bataille, Blanchot ou artistas como Donald Judd ou Duchamp, formam o léxico referencial.
O artista foi o representante de Portugal na Bienal de Veneza de 2015, com a exposição I Will Be Your Mirror | Poems and Problems.