Frédéric Develay está interessado numa forma particular de “legibilidade” da obra, reinvestindo as noções de compreensão e interpretação.
Para ele, é uma questão de conduzir aquele que olha no caminho de “ver” para “ler”, como uma forma de engajá-lo para ir na frente do trabalho. Também as palavras escolhidas pelo artista não são apenas motivos plásticos, mas contêm um significado que sempre se abre para outra dimensão, para um deslize, para uma distração, para uma repetição, como este espelho gravado da expressão “reflexão feita”.
Marie Deparis-Yafil
Frédéric Develay trabalha principalmente na escrita, seu gesto pretende quebrar os métodos usuais que distinguem o significado do contexto. Cria uma forma de suspense destinada, por um lado, a atrair a intenção de participação do espectador, mas também lhe oferece uma liberdade de interpretação. Embora este trabalho possa testemunhar uma aparência racionalista, há, no entanto, um certo mistério, e isso inevitavelmente nos remete à fórmula de Sol LeWitt em suas “frases sobre arte conceptual”: “Artistas conceptuais são mais místicos do que racionalistas. Eles correm para conclusões que a lógica não pode chegar.”
O Espectador, Nº 13
Bio |
Frédéric Develay é um artista visual. Natural de Paris (SP). Vive e trabalha em Montreuil e Manteigas. Estudou filosofia em Hypokhâgne e na Universidade.