Créditos da Foto _ Gustavo Garcetti
Partindo da invisibilidade do gesto eletrónico como elemento de exploração musical e cénica, surge um quarteto em que a eletrónica digital do duo de Miguel Carvalhais e Pedro Tudela (também conhecido por @c) encontra os instrumentos percussivos customizados de Gustavo Costa e a luz e vídeo em tempo real de Rodrigo Carvalho. Em palco cruzam-se perspetivas musicais que têm como ponto comum a experimentação e que renovam as linguagens das vanguardas musicais, dando origem a um espaço luminoso, intenso, e invisivelmente expressivo.
A Sonoscopia é uma associação para a criação, produção e promoção de projectos artísticos e educativos, centrada nas áreas da música experimental, na pesquisa sonora e nos seus cruzamentos transdisciplinares. Desde a sua criação, em 2011, produziu mais de 600 eventos, criações artísticas, atividades pedagógicas e publicações. Esteve presente em cerca de 20 países europeus, bem como em geografias tão distantes quanto os Estados Unidos, o Líbano, o Japão, a Tunísia ou os Emirados Árabes Unidos. Das suas criações destacam-se os projectos Phonambient, INsono, Phobos – Orquestra Robótica Disfuncional e Phonopticon. Em Portugal, a Sonoscopia é parceira de entidades como a Fábrica das Artes/CCB, o Teatro Nacional São João, a Fundação de Serralves, o Cine‑Teatro Louletano, o GNRation e o Teatro de Ferro. Dispõe ainda de um espaço localizado no Porto, com pequenos estúdios equipados e preparados para a concepção e produção de trabalhos criativos e científicos, residências e apresentações informais, tendo acolhido centenas de artistas de todo o mundo. A Sonoscopia é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura/Direção-Geral das Artes.
Gustavo Costa Nasceu no Porto em 1976. Estudou percussão, tecnologias da música, sonologia, composição e teoria musical, concluindo o doutoramento em Media Digitais na Universidade do Porto, sobre o tema da expressividade e interação na música por computador.Membro fundador da Sonoscopia Associação, o seu trabalho como músico e compositor incide na contracultura underground, na música improvisada e electroacústica. Tocou e gravou extensivamente por toda a Europa, Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Tunísia, Japão e Líbano com, entre outros, John Zorn´s Cobra, Mark Stewart, Fritz Hauser, Alfred Harth, Lukas Ligeti, Jamie Saft, Damo Suzuki ou Steve Mackay.É atualmente professor assistente na Universidade de Aveiro e na ESMAE, Porto.
Miguel Carvalhais é designer, músico e professor auxiliar com agregação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde estuda o design, a estética e as práticas criativas computacionais. O seu trabalho artístico desenvolve-se entre música computacional, arte sonora, performance, e instalações sonoras. Dirige a editora Crónica (dedicada à música experimental e arte sonora) e a conferência xCoAx (sobre computação, comunicação e estética). É o autor de “Artificial Aesthetics: Creative Practices in Computational Art and Design” (2016, U.Porto Press).
Rodrigo Carvalho (Porto, 1983), designer multimedia & new media artist.
Licenciado em Design pela U.Aveiro (Aveiro, 2005), Mestrado em Artes Digitais pela U. Pompeu Fabra (Barcelona, 2009) e Doutorado em Medias Digitais pela U. Porto/UT Austin Colab (Porto, 2018).
No seu trabalho explora visuais e dispositivos interactivos para a criação de performances, instalações e espaços imersivos. Já apresentou trabalho em variados eventos nacionais e internacionais como: Sonar Festival (Barcelona), MutekEs (Barcelona), Echo(Dubai), Stereolux (Nantes), Iminente (Lisboa) entre outros.
É também lado visual do projecto BorisChimp504 e co-fundador do estúdio criativo Openfield.
Pedro Tudela
Nasceu em Viseu, em 1962. Concluiu o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) em 1987. Professor Auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Enquanto aluno da ESBAP, foi cofundador do Grupo Missionário: organizou exposições nacionais e internacionais de pintura, arte postal e performance. Participa em vários festivais de performance desde 1982. Foi autor e apresentador dos programas de rádio escolhe um dedo e atmosfera reduzida na xfm, entre 1995 e 1996. Em 1992, por ocasião da exposição “Mute … life”, funda o coletivo multimédia Mute Life dept. [MLd]. Enveredou pela produção sonora em 1992, participando em concertos, performances e edições discográficas, em Portugal e no estrangeiro. Cofundador e um dos elementos do projeto multidisciplinar e de música digital @c. Membro fundador da media label Crónica. Trabalha em cenografia desde 2003. Expõe individualmente com regularidade desde 1981. Participa em inúmeras exposições coletivas em Portugal e no estrangeiro desde o início da década de 80. Encontra-se representado em museus, coleções públicas e particulares. Vive e trabalha no Porto.
Projeto dos Jardins Efémeros, em parceria com o Teatro Viriato.