Créditos da Foto _ Filipa Ávila
Lyra Pramuk funde vocalismo clássico, sensibilidades pop, performance e cultura contemporânea de clubes, naquilo que pode ser melhor descrito como sendo música folk futurista, citando colaboradores musicais como Holly Herndon, Colin Self e Donna Huanca. Para Pramuk a voz é implantada de forma mais imaginativa e sedutora, é exatamente onde a esfera da música eletrónica é concebida como um espectro modular.
O álbum Fountain é criado inteiramente com a sua própria voz, embora muitas vezes moldada e estruturada pela eletrónica. É uma jornada emocional, sensual e devocional. O álbum mais recente brinca com a perceção da música, ritmos, fala, corpo e a relação entre tecnologia e humanidade. Explora, ainda, uma compreensão pós-humana e não binária da vida e dos frágeis ecossistemas dos quais ela depende. Frequentemente sem palavras, as canções evocam uma nova totalidade sustentada pela força ritual de afogamento, imersão, limpeza e banho — também referido na capa do álbum pela aclamada artista visual Donna Huanca.
Como ativista vocal e membro da comunidade queer, a criação de Fountain também coincidiu com o rejuvenescimento pessoal da sua autora. Lyra está sediada em Berlim, Alemanha.