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JOÃO PAIS FILIPE (PT)

SOM | Concerto
JOÃO PAIS FILIPE (PT)

Créditos da Foto _ Filipa Ávila

JOÃO PAIS FILIPE
Local
Parque Aquilino Ribeiro
Horário
08 de julho às 22h30

 Ao longo das quatro composições de Sun Oddly Quiet, João Pais Filipe abre um diálogo com o ouvinte. Seja ele um regressado do álbum homónimo (Lovers & Lollypops, 2018), um conhecedor do envolvimento com os HHY & The Macumbas, CZN ou das colaborações com Evan Parker, Rafael Toral, Black Bombaim e Burnt Friedman. Ou mesmo alguém que se cruze pela primeira vez com os ritmos do músico nascido no Porto em 1980. A conversa entre o músico e o outro lado existe para João Pais Filipe abrir o portal do seu domínio e desafiar quem entrar a entender a singularidade dos intrincados ritmos que dão vida a XV, XIII, XI e V.

No primeiro álbum inspirou-se na eletrónica/dança/techno que evoluiu da percussão do krautrock para espernear à vontade o talento. Em Sun Oddly Quiet, logo em “XV”, abandona, com todo o voluntarismo, as preconceções que existem e aventura-se por numa nova estrada sem qualquer mapa. Está a tatear terreno novo na carreira a solo, evidenciado que não quer uma única associação ao seu trabalho, e que o ouvinte o perceba como um compositor/percussionista e não apenas como uma só dessas partes. Só que João Pais Filipe sabe para onde vai esse novo e desconhecido, porque já fez esse caminho vezes e vezes sem conta. É um músico sem medo do que está além.

BIO | João Pais Filipe é percussionista, baterista e escultor sonoro do Porto. Futurista e tradicional. Ethno techno. Anda há muito pela música experimental, fez parte de projetos como Fail Better!, Space Quartet, Sektor 304, HHY & The Macumbas ou Talea Jacta. Em 2018 estreou-se com um álbum homónimo a solo. Este ano estreia-se numa instalação de gongos por si construídos, cada um esculpido em formas e relevos diferentes, de simbologias simultaneamente arcaicas e vanguardistas, orgânicas e metálicas, sagradas e profanas, que quer suspender numa espiral (daí o nome “Voluta”), prolongando a viagem circular iniciada no seu álbum homónimo de estreia. Apesar da aparente diferença – o músico e o construtor artesanal de gongos (e outros instrumentos) – faz tudo parte de uma mesma cosmologia, de que participa também o artista visual que procura com o som a expressão de uma tridimensionalidade, visionária de uma sonoridade que primeiro projeta na imaginação e depois encontra a sua forma justa no instrumento que constrói ou customiza para aceder a esse exercício visionário do som, seja por via da manipulação e transformação de materiais pré-existentes, que no álbum se materializa pela sonoridade customizada de peles e madeiras, seja na coleção privada de gongos que tem vindo a construir nos últimos quase 10 anos.