Da constatação da necessidade de descentralizar a música eletrónica e de a trazer para o distrito de Viseu, cuja oferta nesta área era, até então, praticamente inexistente, Vanessa Sousa (Valody) cria, em 2018, o GRAVE, que conta também com outros 3 DJs residentes: Pedro Morgado (Tryängle), João Gonçalves (JOG) e Francisca Urbano.
A música de dança tem vindo a ganhar força em Portugal, com a emergência de novos DJ’s, produtores, labels e coletivos, mas o interesse do geral quer público quer dos programadores, ainda é, na nossa opinião, muito centrado nos artistas internacionais.
O GRAVE veio para contrariar esta tendência e mudar o paradigma, ao focar-se essencialmente em talentos nacionais, dando visibilidade a artistas portugueses que são tão talentosos quanto os seus pares internacionais.
O que é nacional é bom – e o GRAVE vem provar isso.
A música promove experiências sensoriais, necessárias à expansão cultural individual e coletiva.
Através dos eventos organizados pelo GRAVE – festas, workshops, palestras -, Viseu ganhou já uma forte comunidade eletrónica, comprovando que, dadas a oportunidades e tendo acesso a uma oferta de qualidade, as pessoas gostam e interessam-se por música eletrónica.
BIO |
Valody é DJ e produtora em ascensão de Viseu, uma cidade onde abraçou o objetivo de manter a cidade no mapa da música eletrónica. As suas influências musicais vão desde à música Techno, à Electro, à Jungle e a sua selecção fresca e vanguardista vem sempre com muita intensidade emocional e uma atitude feroz. Como produtora, Valody explora frequentemente o lado experimental da música de pista de dança, destacando novos territórios no seu som.
É proprietária da editora musical ELBEREC e é a fundadora e Dj residente do evento de música eletrónica chamado GRAVE. Faz ainda uma residência regular na Rádio Quântica com o programa GRAVE, onde convida vários artistas emergentes. Valody e é ainda residente no programa de rádio Física e Química, na Antena 3.
Um elemento muito pró-ativo da da cultura de música de dança, Valody está profundamente empenhada em promover e apoiar as diversas e múltiplas tonalidades do techno português.
Tryängle, residente de Viseu, habituado a fazer grandes maratonas nos seus sets, Tryängle apresenta acima de tudo uma grande capacidade de construção das suas viagens. Com seleções musicais que englobam, sobretudo, o techno atmosférico, explora também sonoridades mais experimentais e breakbeats. Em 2016, inaugura a sua editora, Detox Electronics, com lançamentos de artistas Nacionais e Internacionais. No final de 2020 lançou o seu primeiro EP com o selo da Detox Electronics. Em 2019 tornou-se Dj residente dʼ O Grave, com passagens pelo NB club, Aliena A, entre outras.
JOG ou João Gonçalves para os amigos, é natural de Seia (Serra da Estrela) mas reside em Viseu, e habituou-nos desde cedo à sua ampla visão da música eletrónica. Foca-se em levar, quem se apresenta na pista de dança, numa viagem pelo Dub e o Electro, evidenciando claramente o seu gosto pela vertente mais Acid.
Em 2018 deu início a uma organização de eventos e acaba por organizar o Electronik Forest: um evento de 12 horas enquadrado no Parque Natural da Serra da Estrela.
Francisca Urbano, natural de Tondela, é apaixonada pela música de dança na sua vertente mais eletrónica.
Membro dos coletivos GRAVE e Lobo Mau Records, passou por vários clubes de Portugal e tocou ao lado de artistas conceituados, destacando-se pela sua versatilidade, que lhe permite adaptar-se à hora, pista ou local em causa – sempre para fazer dançar.