Os encontros na oficina poderão ser vistos como uma experiência de viagem, diferente do habitual, alguma coisa nova que chega e fica enriquecendo.
Um programa diversificado de exercícios dirigido essencialmente às competências na área da escrita, mas também da interpretação e da leitura.
Jogamos com as palavras à descoberta de significados, negociamos o melhor percurso para os acontecimentos em textos feitos a várias mãos, reinventamos histórias do imaginário coletivo e vestimos a pele de outra entidade, adotando o seu ponto de vista.
Os exercícios são previamente enquadrados e acompanhados de exemplos, privilegiando uma abordagem próxima de “aprender jogando”, enquanto elemento polarizador da atenção. No entanto, a escrita é apresentada como uma ação responsabilizadora, um reflexo de nós mesmos.
A transmissão de conhecimentos é concebida como uma construção ativa, “negociada” a partir das dificuldades e potencialidades de cada um.
A realização dos exercícios é acompanhada de perto e de modo individualizado. A participação dos docentes insere-se, naturalmente, nesta dinâmica.
No final de cada exercício, os alunos são convidados a ler procurando o bom contágio através dos exemplos apresentados.
A escrita facilita a arrumação das emoções, a dar expressão ao que se sente, a falar ao mundo, o que ajuda a compreendermo-nos e consequentemente a compreender os outros.
O alcance do exercício da imaginação e da criatividade vai para além do perímetro da oficina e projeta-se em todos os saberes.
BIO |
Luís Neves Chaves (Tondela, 1971). Licenciado em Ciências da Comunicação – Jornalismo e pós-graduado em Estudos Curatoriais pela Universidade de Lisboa, é formador certificado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua da Universidade do Minho.
Em 2009, orientou a primeira oficina de Escrita Criativa, no Instituto Politécnico de Viseu. Desde então, tem vindo a realizar oficinas de escrita em diversos contextos e locais, sobretudo em escolas e bibliotecas municipais, entre as quais, as escolas dos agrupamentos de Tondela, durante seis anos letivos, bem como da Guarda, no âmbito da iniciativa “Terra da Escrita”, promovida pela Biblioteca Municipal, durante dois anos letivos.
Iniciou o percurso profissional em jornalismo, em 1995. Integrou as redações da “Semana Informática”, “Nova Gente” e “Público”, tendo sido chefe de redação da revista “Video Plus” e editor do portal “portugalcentro”, entre outras colaborações. Colabora com publicações de Literatura, artistas visuais e performativos, bem como na redação de conteúdos para várias plataformas.