Na continuação d`obra aberta em que todos vivemos “Os Espacialistas” apresentam a cidade poética do espaço, que reabilita o valor escultórico da palavra e do tempo, responde às alterações climáticas do corpo e garante a subida do nível médio da criatividade humana.
Nesta “Cidade Jardim”, a extinção, o envelhecimento e o controlo do corpo e da vida in/feliz, que foram desenhadas ao longo da História são contornadas pelas novas religações da humanidade.
O papel arqueológico da Memória e do Erro no Espasso Público da Imaginação desta cidade é a medi(t)ação. Ser humano em 2021 continuará a ser de longe, a principal doença do animal que somos, apesar de todas as distopias do corpo e do espaço que experimentamos.
A palavra, capaz de todas as linguagens continuará ser a primeira escultura da natureza humana? Conseguirá ela r/existir ao empobrecimento de todo o tipo de linguagens que experimentamos? Será o empobrecimento da linguagem do amor que todos experimentamos, a causa de todos os erros contemporâneos a que assistimos?
Os Espacialistas acreditam que errar é caminhar, que o pensamento que vale é aquele que anda e que a geometria nasce da relação de afeto que o ser humano estabelece com a Natureza; conscientes destes factos apresentamos esta “Cidade Jardim” como um lugar aberto, onde ainda é possível r/existir através das ideias transformadas em palavras-esculturas enquanto formas únicas de criação de linguagens de sustentabilidade futura.
Os milhares de folhas em branco que apresentamos nesta constelação de ideias em potência, são o lugar impossível de todos os mundos por vir. Se todas as palavras já foram criadas, como diz o poeta e só nos resta passar o tempo a constelá-las e a essencializar novos sentidos de ligação, intensifiquemos então a sua natureza escultórica, esgotando-lhe continuamente a sua capacidade de imaginação.
Bio |
Os Espacialistas é um projeto laboratorial de investigação teórica e prática das ligações transdisciplinares entre Arte, Arquitetura e Educação com início de atividade em 2008.
Substituem o lápis pela máquina fotográfica, enquanto dispositivo de desenho, de pensamento, de perceção e de diagnóstico do espaço natural e construído, cujas ações são reguladas pelo Diário do Espacialista e auxiliadas pelo “Kit Espacialista Por/tátil” que transportam consigo.
Entre os trabalhos realizados destacam-se: Projetos de assistência arquitetónica e artística a obras de arquitetura e arte, exposições de fotografia, vídeos, instalações, espaços cénicos, performances, colaborações literárias, ilustrações fotográficas, oficinas, seminários e publicações.