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A CIDADE E A PALAVRA

Pólis | Conversa
A CIDADE E A PALAVRA

João Seixas | Alfonso Sanz Alduán | Mário Alves | Rita Ochoa | Daniel Jonas
Local
Parque Aquilino Ribeiro
Horário
10 de julho às 17h00

Jardins Efémeros, Julho de 2021

 

“Não façais apenas cidades e máquinas, pontes e trigo. Deveis construir também a vossa própria vida”

Bertold Brecht

 

“A cidade e a palavra” é o mote para uma conversa pública, desejavelmente animada, controversa, instigante. Entre uma arquitecta, um urbanista, um dramaturgo, um geógrafo e um engenheiro. Ou entre um ciclista, um livreiro, um poeta, um cineasta e uma pianista. Ou entre estes e outros. E ainda mais outros.

Como estamos, como comunicamos, como somos e como poderemos ser, nestes tempos de transição e de desdobramento? Nestes tempos de pandemia sanitária e de contágio de incertezas? Desdobram-se, mas confinam-se os espaços e os tempos das nossas vidas. Bem como os espaços e os tempos das cidades. Há crescentes ambivalências – entre espaço público e espaço privado, entre trabalho e família, entre consumos e poupanças, entre liberdades e seguranças, entre direitos e deveres. Ambivalências de ordem quotidiana ligadas a ambivalências de ordem planetária: entre globalização e insustentabilidade, cosmopolitismo e precariedade, presente líquido e futuro nebuloso.

Nestas alturas, e como sempre, a palavra conta. Para enfrentar e confrontar. Para debater e partilhar. Para abrir espaços públicos. Por entre os milhares de laços frágeis que fazem fortes as comunidades. Superando velhas dicotomias e abrindo novos nexos. E assim metamorfoseando as nossas vidas – como na famosa obra de Ovídeo, onde múltiplas vozes e histórias se entrelaçam umas com as outras; e assim transformando-se elas próprias, e fazendo evoluir o organismo cada vez mais complexo a que chamamos cidade.

João Seixas

BIO |

João Seixas

Professor e investigador na Universidade Nova de Lisboa, nas áreas dos estudos urbanos, da política de cidades e do desenvolvimento territorial. Membro da Livraria Ler Devagar e da Vila Literária de Óbidos. Formação em Geografia Urbana pela Universitat Autónoma de Barcelona e em Urban and Regional Studies pela London School of Economics and Political Science. Foi comissário da Carta Estratégica de Lisboa, comissário da exposição “Futuros de Lisboa”, consultor do programa URBACT da Comissão Europeia, cronista do jornal PÚBLICO. É professor convidado em Barcelona, Veneza e Rio de Janeiro.  Autor de diversos artigos e livros, dos quais os mais recentes: Projecções de Lisboa (2018); Em Todas as Ruas (2015); Governação de Proximidade (2014); A Cidade na Encruzilhada (2013); Urban Governance in Southern Europe (2012).

 

Alfonso Sanz Alduán

Urbanista e director de fotografia. Como urbanista trabalhou na planificação da mobilidade, da acessibilidade e sobre as alterações climáticas em inúmeras ciudades espanholas e latinoamericanas. Neste campo as suas publicações de referência são “Calmar el tráfico” (segunda edição, Ministerio de Fomento, 2008) e “Caminar en la ciudad. Manual de movilidad peatonal” (Editorial Garceta, 2016).

Como Diretor de fotografia já participou em mais de uma centena de produções cinematpgráficas, destacando o seu trabalho em longas-metragens de ficção como Isla bonita, Manolito gafotas, León y Olvido, Rencor o Volando voy, y documentales como Herencia Flamenca, Paco de Lucía, Bad Boy of Music, etc.

 

Daniel Jonas

Daniel Jonas é poeta, dramaturgo e tradutor. Enquanto poeta, publicou, entre outros, Sonótono (Cotovia, 2006), que lhe valeu o prémio PEN de Poesia e  (Assírio & Alvim, 2014), galardoado com o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da APE. Foi ainda um dos sete poetas nomeados para o Prémio Europeu da Liberdade, pelo seu livro Passageiro Frequente (Língua Morta, 2013), traduzido em polaco por Michal Lipszyc. Antes tinha sido distinguido com o prémio Europa David Mourão-Ferreira, da Universidade de Bari/Aldo Moro, pelo conjunto da sua obra. Traduziu vários autores, entre os quais John Milton, Shakespeare, Waugh, Pirandello, Huysmans, Berryman, Dickens, Lowry, Henry James e William Wordsworth. Como dramaturgo, publicou Nenhures (Cotovia, 2008) e escreveu EstocolmoReféns e o libreto Still Frank, todos encenados pela companhia Teatro Bruto.

 

Mário Alves

Especialista em Transportes e Mobilidade. Engenheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico, especialista em transportes e mobilidade com o grau de mestre pelo Imperial College London. Trabalhou no Centro de Sistemas Urbanos e Regionais da Universidade Técnica de Lisboa e no Centre for Transport Studies of the University of London como Investigador Associado. Como consultor de transportes foi coordenador Operacional de planos e programas de mobilidade assim como vários projectos de mobilidade. Trabalha regularmente com projectos de acalmia de tráfego e segurança rodoviária assim como políticas e estratégias nacionais e regionais de promoção da mobilidade ativa. Trabalhou em vários projectos europeus, nomeadamente LifeCycle (“Promotion of healthy mobility behaviour throughout the entire life time using a lifelong approach on cycling”) e Active Access (“Promoting walking and cycling”). Fez parte do Comité Internacional de Programação da conferência Walk21 em Toronto e foi Coordenador Nacional do Projecto COST: Pedestrian Quality Needs. Em 2010 publicou como co-editor o livro “The Walker and the City”. Foi consultor do Plano Nacional de Promoção da Bicicleta e outros Modos Suaves em Portugal (CiclAndo). É Presidente da Associação Estrada Viva – Liga de Associações pela Cidadania Rodoviária, Mobilidade Segura e Sustentável e Secretário-Geral da Federação Internacional de Peões.

 

Rita Ochoa

Arquiteta, Pós-graduada em Qualificação da Cidade, Master em Desenho Urbano, Doutorada em Espaço Público e Regeneração Urbana (UBarcelona). Curso complementar de Piano (EM Conservatório Nacional). Professora no curso de Mestrado Integrado em Arquitetura da UBI. Abordagem ao ensino do Projeto contemplando estratégias de cooperação com a comunidade local, em parceria com instituições públicas. Co-fundadora da associação Mulheres na Arquitetura. Co-fundadora da R3iAP rede de investigação em Arte Pública. Co-fundadora e editora da revista Branca. Investigadora integrada do CIAUD (grupo URBinLAB). Coordenadora do Projeto “Lisboa Intermitente. Usos temporários e práticas de partilha na cidade adaptativa, da experiência à prospetiva”.