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BENVINDO A TI

Artes Visuais | Instalação
Lília Catarina
13.
Local
Rua do Comércio, n.º 118 (Sede dos Jardins Efémeros)

Ano da peça | 2012/2013

Técnica | Cestaria e costura sobre papel

Apoio | A Vidreira

Convite à artista | Sandra Gomes

 

Mansour visita o seu amigo Nasruddin e encontra-o frustrado, de gatas no passeio, à procura de algo, sob a luz do lampião. 

— Perdeste algo, Nasruddin?

— Sim. Perdi a chave de minha casa.

— Deixa-me ajudar-te. — Mansour debruça-se sob a luz do lampião.

Daí a um bocado Mansour pergunta:

— Lembras-te onde a viste a última vez? Onde podes tê-la perdido?

— Perdi-a em casa.

— Então porque procuramos cá fora???

— Há mais luz. — responde Nasruddin.

 

Vemos um objecto. Vemos com relativa clareza um objecto. Ao aproximarmo-nos dele vemos que nos reflecte — há um espelho. Benvindo a ti é um espelho. Vemos o nosso reflexo e o seu espaço interior, a sua estrutura e como ela sustenta a forma, mesmo havendo menos luz nesse interior.

 

** 

Lília Catarina, 1976, Porto. Estudou dança e escultura. A sua investigação abrange a consciência e inconsciência humanas e a ética subjacentes à prática artística. A consciência do corpo e o uso de matérias-primas primordiais — como a pedra, a madeira, as fibras vegetais ou a argila — fizeram-na englobar práticas como a permacultura e a meditação. Todas elas conduzem a percepções, levantam e dissolvem questões sobre a existência humana em evolução. O trabalho de Lília é um repositório desta aprendizagem.

 

 

 

 

13.

Ano da peça | 2012/2013

Técnica | Cestaria e costura sobre papel

Apoio | A Vidreira

Convite à artista | Sandra Gomes

 

Mansour visita o seu amigo Nasruddin e encontra-o frustrado, de gatas no passeio, à procura de algo, sob a luz do lampião. 

— Perdeste algo, Nasruddin?

— Sim. Perdi a chave de minha casa.

— Deixa-me ajudar-te. — Mansour debruça-se sob a luz do lampião.

Daí a um bocado Mansour pergunta:

— Lembras-te onde a viste a última vez? Onde podes tê-la perdido?

— Perdi-a em casa.

— Então porque procuramos cá fora???

— Há mais luz. — responde Nasruddin.

 

Vemos um objecto. Vemos com relativa clareza um objecto. Ao aproximarmo-nos dele vemos que nos reflecte — há um espelho. Benvindo a ti é um espelho. Vemos o nosso reflexo e o seu espaço interior, a sua estrutura e como ela sustenta a forma, mesmo havendo menos luz nesse interior.

 

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Lília Catarina, 1976, Porto. Estudou dança e escultura. A sua investigação abrange a consciência e inconsciência humanas e a ética subjacentes à prática artística. A consciência do corpo e o uso de matérias-primas primordiais — como a pedra, a madeira, as fibras vegetais ou a argila — fizeram-na englobar práticas como a permacultura e a meditação. Todas elas conduzem a percepções, levantam e dissolvem questões sobre a existência humana em evolução. O trabalho de Lília é um repositório desta aprendizagem.