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COMO HABITAR UM CORPO SEM ÓRGÃOS?

Artes Visuais / Instalação
Liliana Velho
A.V_Instalação_Como habitar_Liliana Velho_Site
Local
Wrong Time Capsule — Rua Serpa Pinto, 57, Viseu
Horário
Durante a semana das 16h00 > 02h00
Sábado e Domingo das 11h00 > 02h00

O Corpo sem Órgãos (CsO) surge primeiro com Artaut, e torna-se um conceito-chave na filosofia de Deleuze e Guattari. Contudo, não podemos dizer que se trate efectivamente de um conceito ou de uma noção definida, mas antes de um conjunto de práticas. O CsO não se apreende, vive-se.

Declara-se guerra aos órgãos. Eles desempenham funções em organizações hierarquizadas e estão ligados ao corpo anestesiado, à rotina improdutiva, ao corpo que perdeu a capacidade revolucionária. O CsO procura desfazer-se desta organização para produzir uma realidade nova, uma outra forma de sentir e de viver.

 

Aconselha-se prudência.

 

“Porque não andar com a cabeça, cantar com os seios, ver com a pele, respirar com o ventre, Coisa simples, Entidade, Corpo cheio, Viagem imóvel, Anorexia, Visão cutânea, Ioga, Krishna, Amor, Experimentação. Lá onde a psicanálise diz: Parem encontrem o vosso ego, será preciso dizer: vamos ainda mais longe, não encontrámos ainda o nosso CsO, ainda não destruímos bastante o nosso ego. Substituam a anamnese pelo esquecimento, a interpretação pela experimentação. Encontrem o vosso corpo sem órgãos, saibam construí-lo, é questão de vida ou de morte, de juventude e de velhice, de tristeza e de alegria. E é aí que tudo se joga”

(Deleuze, Guattari, Mil Planaltos, vol.2)

Ano | 2016

Técnica | Cerâmica

 

Bio

Liliana Velho. Artista plástica que vive e trabalha em Viseu. Formou-se em Escultura na FBAUL, em 2009. Em 2012, concluiu o mestrado em Ensino das Artes Visuais na ARCA, em Coimbra. O seu trabalho artístico é caracterizado pelo recurso à bidimensionalidade e tridimensionalidade. As suas temáticas oscilam entre a morte e a memória, tendo sempre como personagem principal o ser feminino  nas suas diferentes idades/estados.

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O Corpo sem Órgãos (CsO) surge primeiro com Artaut, e torna-se um conceito-chave na filosofia de Deleuze e Guattari. Contudo, não podemos dizer que se trate efectivamente de um conceito ou de uma noção definida, mas antes de um conjunto de práticas. O CsO não se apreende, vive-se.

Declara-se guerra aos órgãos. Eles desempenham funções em organizações hierarquizadas e estão ligados ao corpo anestesiado, à rotina improdutiva, ao corpo que perdeu a capacidade revolucionária. O CsO procura desfazer-se desta organização para produzir uma realidade nova, uma outra forma de sentir e de viver.

 

Aconselha-se prudência.

 

“Porque não andar com a cabeça, cantar com os seios, ver com a pele, respirar com o ventre, Coisa simples, Entidade, Corpo cheio, Viagem imóvel, Anorexia, Visão cutânea, Ioga, Krishna, Amor, Experimentação. Lá onde a psicanálise diz: Parem encontrem o vosso ego, será preciso dizer: vamos ainda mais longe, não encontrámos ainda o nosso CsO, ainda não destruímos bastante o nosso ego. Substituam a anamnese pelo esquecimento, a interpretação pela experimentação. Encontrem o vosso corpo sem órgãos, saibam construí-lo, é questão de vida ou de morte, de juventude e de velhice, de tristeza e de alegria. E é aí que tudo se joga”

(Deleuze, Guattari, Mil Planaltos, vol.2)

Ano | 2016

Técnica | Cerâmica

 

Bio

Liliana Velho. Artista plástica que vive e trabalha em Viseu. Formou-se em Escultura na FBAUL, em 2009. Em 2012, concluiu o mestrado em Ensino das Artes Visuais na ARCA, em Coimbra. O seu trabalho artístico é caracterizado pelo recurso à bidimensionalidade e tridimensionalidade. As suas temáticas oscilam entre a morte e a memória, tendo sempre como personagem principal o ser feminino  nas suas diferentes idades/estados.